Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
Um balanço realizado pelo Ministério Público do Trabalho mostra que a Bahia teve o maior número de resgates de trabalhadores em situação análoga à de escravo em sete anos. Divulgado nesta segunda-feira (7), o órgão apontou que, somente em 2021, 188 pessoas foram resgatadas.
Essas pessoas foram encontradas em situação degradante, sem remuneração, com carga horária excedente, sem carteira assinada e sem seus direitos de trabalho assegurados. Todas essas condições configuram prática ilegal.
O balanço da situação do trabalho escravo na Bahia foi apresentado pela procuradora do MPT Manuella Gedeon, responsável pela coordenação das ações de combate ao trabalho escravo no estado. A procuradora chamou atenção para o fato de que as mulheres passaram a aparecer nas estatísticas em razão da atuação da Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo da Bahia (Coetrae-BA), voltada a casos de trabalho escravo doméstico.
De acordo com a procuradora, 90% dos resgatados são homens, negros e muitos deles em áreas rurais, como fazendas. Também, bastante comum, são trabalhadores domésticos expostos a este tipo situação, só que neste caso a maioria das vítimas é do sexo feminino.
Segundo dados da plataforma Smartlab, uma iniciativa conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Bahia ocupa a 6ª posição em número de pessoas resgatadas do trabalho no Brasil, com 3.378 pessoas retiradas dessa situação de 1995 a 2020.
BNews