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Parada: em assembleia na APLB Sindicato, professores de Juazeiro decidem por paralisação de advertência amanhã (2); categoria não aceita proposta da gestão municipal

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Após o anúncio da Secretaria de Educação de Juazeiro, de que iria garantir o pagamento do piso nacional para os professores da rede municipal de ensino, em Juazeiro, a categoria realizou assembleia na sede da APLB sindicato para discutir a proposta da gestão municipal, e decidiu por uma paralização de advertência, amanhã(2),  com nova Assembleia, marcada para às 9 horas.

“Os professores e demais funcionários da Educação vão sair da APLB e se juntar aos demais sindicatos e associações no Paço Municipal”, informou um sindicalizado ao PNB.

De acordo com a proposta anunciada pela Seduc, “os professores que cumprem jornada de 20h receberão R$1.922, 82, e os que possuem carga horária de 40h, R$ 3.845,63, contemplando 2.130 professores efetivos, contratados e concursados da rede municipal de ensino de Juazeiro”.

Segundo a gestão municipal, a medida apresentada atende a proposta nacional e a lei de Responsabilidade Fiscal, bem como garante a manutenção das atividades da educação no município.

“Hoje tivemos um alinhamento com a APLB Sindicato onde garantimos o pagamento do piso nacional de salário a todos os professores, inclusive com algumas classes chegando a ter 10,3% acima do piso nacional, o que vai impactar na folha de pagamentos 98,97% de todo o repasse do Fundeb”, informou a secretária de Educação e Juventude, Normeide Almeida, em reunião com representantes da categoria nesta terça-feira(28)

A medida foi anunciada pela secretária de Educação e Juventude, Normeide Almeida, em uma reunião com entidades representativas da categoria nesta terça-feira (01).

“Inverídica” e “enganosa”

Após o anúncio da secretária Normeide Carvalho de que garantiria o pagamento do piso nacional, o PNB recebeu reclamações de professores indignados com a informação que consideraram como “inverídica” e “enganosa”.

“Esta foi uma forma de confundir a opinião pública, de ludibriar a categoria. Não houve reajuste real coisa nenhuma. Não garantiram nada de pagamento do piso nacional. Uma grande mentira”, disse uma profissional da rede municipal, que pediu para não ser identificada, temendo represálias.

O professor Agnaldo José lamentou a medida, e disse que: “Pela primeira vez nós professores ficamos sem o reajuste do Piso Nacional do Magistério Lei 11.738/2008. Alguns professores ganham um salário de 40 horas R$ 3.700,00 com a equiparação do reajuste concedido pela Prefeitura de R$ 3.845,00 esse valor terá um aumento de R$ 145,00 que fica abaixo do esperado pela categoria. O Governo Federal incluiu na Lei do FUNDEB 70, aprovado no final de Dezembro passado, que todos os municípios concederia um reajuste de 33,24%. Por exemplo, o aumento para quem tem o piso de 3.039,00 reais, será de 26%, mas quem tem o salário de R$ 3.500,00 não chega nem a 20%. Alguns municípios não cumpriam a Lei do piso, mas Juazeiro sempre cumpriu e todos os nossos aumentos do reajuste eram em cima do nosso salário, somente dessa vez que não foi”, avaliou Agnaldo José.

O diretor da APLB Sindicato, professor Gilmar Nery, em um áudio recebido por nossa redação, após a reunião, também afirmou que o município de “Juazeiro, pela primeira vez, desde que foi criado o piso nacional do magistério, em 2008/209, não vai repassar na íntegra aos trabalhadores”. O dirigente sindical informou ainda que vai levar a proposta da gestão municipal para que a categoria decida se aceita ou não.

“A propaganda da prefeitura diz que cumpre o piso, quando ela coloca uma proposta de pouco mais de 26%, para aqueles que ainda não alcançaram o piso e a outra proposta de 10.03% para os que estão acima do piso, e aí diz que alcança o piso naquele discurso de que alcançou os 3.845 reais. Juazeiro tem o histórico e tradição de repassar o reajuste, o percentual que é anunciado do piso nacional dos trabalhadores em educação. Juazeiro, pela primeira vez, desde que foi criado o piso nacional do magistério, em 2008/209, não vai repassar na íntegra aos trabalhadores, pelo menos por enquanto. Nós vamos levar todos estes números para a categoria para que ela possa tomar conhecimento e decidir se aceita ou não”, afirmou Nery.

Redação PNB

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