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Após dois anos realizada de forma virtual, a cidade de Canudos no sertão baiano, vivenciou momentos de festa, celebração e encontros durante a realização da 35ª Romaria de Canudos, evento promovido pelo Instituto Popular Memorial de Canudos (IPMC) e Paróquia Santo Antônio de Canudos que, esse ano, teve como tema: Belo Monte: Inspiração para reconstruir a nossa sociedade e o lema: “Eu vou criar um novo céu e uma nova terra”(Is 65,17).
A programação que teve seu ponto alto nos dias 07, 08 e 09, começou a movimentar a cidade dias antes com a realização do Tríduo que aconteceu na Capela do Cruzeiro, já na sexta-feira dia 07, religiosos, estudantes, membros de pastorais sociais ligadas a igreja católica e de movimentos sociais, já estavam pela cidade visitando pontos turísticos e históricos de Canudos e para participar das atividades iniciais da Romaria.
Temáticas relacionadas a pluralidade e o respeito a diversidade de crenças, a fé a mística do povo, chamaram a atenção de muitos estudantes, professores, pesquisadores e a comunidade local de canudos no primeiro dia de atividades.
Não somente a História de Canudos, mas também de outros movimentos de revolução popular como o cangaço, sítio do Caldeirão da Santa Cruz e os costumes e crenças do povo sertanejo dominaram as discussões no sábado a tarde no Memorial Antônio Conselheiro – Uneb.
A tradicional Mesa Redonda que aconteceu na noite de sábado (08) no pátio do IPMC contou com representantes da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e professores que falaram da importância de se discutir o movimento de Canudos diante do atual contexto sociopolítico marcado por negação de direitos e preconceitos contra o Nordeste. Ao final desses debates, Bião de Canudos e Israel de Jesus embalaram os presentes com boas e animadas músicas que traduzem o sentimento de luta e resistência do povo brasileiro inspirado no ideal de Canudos.
Vanderlei Leite, Presidente do IPMC destacou a importância do tema Canudos presente nas músicas e discussões envolvendo estudantes, pesquisadores, movimentos sociais; e que, foi muito marcante a realização dessa romaria de forma presencial após dois anos sem a presença do povo nas ruas de Canudos.
Para o professor Fernando de Sá, da Universidade Federal de Sergipe, Canudos retrata o sentido de lutas históricas de povos tradicionais como quilombolas e sem-terra representados por seus movimentos sociais.
O primeiro vigário de Canudos e Membro do IMPC, padre Tiago Milan diz que celebrar a Romaria de Canudos é exercer um sacramento que nos revigora muito e nos anima a construir uma sociedade mais justa fraterna e mais humana.
Raimundo Fábio/Radialista, Jornalista e Membro IPMC