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As aulas da rede municipal de ensino de Juazeiro, no Norte da Bahia, tiveram início nesta segunda-feira (06), porém, nem todos os alunos estão tendo o direito de retornar às escolas, segundo reclamações que chegaram até o Portal Preto no Branco. De acordo com uma mãe de duas crianças com deficiência, a situação está acontecendo porque a Secretaria de Educação ainda não contratou auxiliares de Atendimento Educacional Especializado (AEE) suficientes para atender toda a demanda.
“As aulas começaram hoje e meu filhos não poderão participar, pois a prefeitura, pelo segundo ano consecutivo, não providenciou em tempo hábil, ou seja de dezembro a março, as auxiliares para as crianças. Inventaram um processo seletivo agora, ao qual os profissionais só serão chamados os selecionados no dia 30/03. E nesse meio tempo, o que vai acontecer com nossos filhos? Ficaram a margem mais uma vez, sem poderem assistirem as aulas? Quase um mês sem poder frequentar as escola? Os nossos filhos são incapazes, é isso que a prefeitura está dizendo, pois os estão deixando de lado mais uma vez”, reclamou.
Também em contato com o PNB, a irmã de duas crianças diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista, também criticou a situação.
“Hoje minha mãe foi até as escolas dos meus irmãos para se informar sobre as auxiliares dos meus dois irmãos, e foi informada que nenhum deles tem auxiliar ainda. Informaram que por não ter auxiliar, as escolas não tem suporte para ficar com eles, somente se alguém puder acompanhá-los. São 2 crianças autistas que estudam em escolas diferentes. Eu e meu padrasto trabalhamos, somente minha mãe fica em casa, mas nem sempre está disponível pois ela trabalha em casa. Como que vamos acompanhar eles? Impossível. Meus irmãos vão ficar sem ir à escola até quando? A matrícula foi feita na primeira semana de janeiro, e como que em 2 meses não conseguiram contratar as auxiliares?”, questionou.
Outra mãe de aluno cobrou a atuação do Ministério Público da Bahia no caso.
“Vai a perguntar: Quando se planeja o Carnaval, evento de grande porte, já começam a planejar três meses antes. E quando se trata de educação, e para crianças com deficiência, não tem planejamento ? Porque as matrículas foram renovadas em dezembro, com certeza a Seduc já tem uma noção da quantidade de alunos, e de quantos profissionais iria precisar. Fica a dica para a gestão pública : Pare de se preocupar reformar praça, e invista o orçamento público na educação e saúde, as crianças com deficiência precisam da socializam em escolas regulares. Parabéns aos gestores e coordenadores que tentam gerir essa situação. Sabemos que não depende de vocês, e sim da Seduc, e principalmente da Gestora Pública. Cadê nossos vereadores e nosso Ministério Público? Fiscalizem!”,
Encaminhamos a reclamação para a Secretaria de Educação e Juventude de Juazeiro. Em resposta, a Seduc informou que “a demanda em questão corresponde a uma situação isolada, que já está sendo sanada para garantir a oferta de AEE a partir desta terça-feira (07). A Seduc esclarece também que, todos os direitos subjetivos aos estudantes da rede municipal de ensino serão assegurados, atendendo todas as especificidades de assistência através dos auxiliares de Atendimento Educacional Especializado (AEE). Sempre transparente, a Seduc se coloca à disposição para sanar dúvidas, prestar apoio e realizar os devidos encaminhamentos necessários”.
Redação PNB