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Salvador: Projeto reúne jovens capacitados para atividades de comunicação em comunidades rurais do Semiárido da Bahia

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Em encontro com cerca de 160 jovens de cinco territórios de identidade do semiárido baiano avaliou os resultados do trabalho realizado pelo projeto Jovens Comunicadores, que integra o Programa Pró-Semiárido, do Governo do Estado. A iniciativa reuniu, neste domingo (07/05/2023), no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), em Salvador, comunicadores populares formados desde 2017, quando o projeto foi lançado e os multiplicadores começaram a percorrer os 32 municípios que compõem o Piemonte Norte do Itapicuru, Sertão do São Francisco, Piemonte da Diamantina, Bacia do Jacuípe e Sisal para capacitar a juventude das zonas rurais e de escolas agrícolas em comunicação.

Executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), o projeto Jovens Comunicadores formou, entre 2017 e 2022, 600 jovens em fotografia, audiovisual, técnica de entrevistas, cordel, marketing digital, elaboração de projetos e cidadania. Durante o período da capacitação, os estudantes também viajaram para diversas cidades da Bahia para conhecerem projetos de comunicação popular e educomunicação e se inspirarem como futuros educadores.

Roseane dos Santos, uma das alunas de Salitre, em Juazeiro, contou que já se interessava pela área quando entrou no projeto Jovens Comunicadores. Ela atribui sua aprovação no vestibular da Universidade Estadual da Bahia de (Uneb) de Juazeiro a sua experiência na formação de comunicadores populares.

“Hoje eu me sinto realizada graças ao projeto. E estou podendo também dar orgulho aos meus pais, sendo a primeira pessoa da minha família a entrar em uma universidade pública. Tudo que aprendi com os Jovens Comunicadores eu quero praticar na minha comunidade e acredito que essa será a minha forma de mudar o mundo”, constatou Roseane.

O diretor-geral da CAR, Alexandre Simões, esteve no evento e avaliou que o projeto foi uma contribuição importante para construção de uma educação crítica para os jovens das áreas atendidas.

“Esse projeto foi fundamental para a construção de talentos, para a emancipação e para a fixação desses jovens nos seus territórios, para qualificar e ser um despertar. E também para a construção de políticas públicas de cidadania, de libertação, e formação de senso crítico e de fortalecimento da nossa democracia. Estamos muito felizes com esse encerramento. Diversos jovens se formaram a partir dessa iniciativa e hoje é um momento de celebrar”, destacou o gestor.

Para a idealizadora do projeto, Emília Mazzei, o momento significa não só um balanço do projeto na região do semiárido baiano, como uma oportunidade de escutar os efeitos que seguem ocorrendo nos jovens como fruto das formações e entender o que precisa ser revisto ou melhorado para a permanência do projeto na Bahia.

“Tivemos 11 turmas, trabalhamos em 32 municípios. Foram 600 jovens envolvidos. E aqui, nesse momento da avaliação, além de ter um questionário para eles responderem, a gente tem um momento de roda de conversa em que eles são escutados e os depoimentos são muito emocionantes e muito profundos”, explicou.

A perspectiva é de que o projeto Jovens Comunicadores possa integrar outros programas do Governo do Estado e chegar a outras regiões e territórios de identidade da Bahia.

“O governador Jerônimo já apresentou interesse em investir e criar oportunidades para a juventude. Ele gosta muito desse projeto e dessa experiência que foi feita. Então a gente acredita que outros investimentos nesse mesmo sentido, vão acontecer. E a esperança nossa é essa, de que a gente consiga realmente replicar esse projeto, que é um sucesso, e ver novos frutos em outras regiões”, pontou Emília.

Pró-semiárido

O Pró-semiárido, programa que realizou o Jovens Comunicadores e outros projetos, ocorreu por sete anos com o objetivo contribuir para a redução da pobreza rural por meio da geração de renda, aumento da produção, a criação de oportunidades de trabalho agrícola e não-agrícola e o desenvolvimento do capital humano e social. O programa deu protagonismo a mulheres e jovens, atuando em 32 municípios do semiárido da Bahia, localizados na região centro – norte do Estado, que integram cinco Territórios de Identidade.

As localidades foram selecionadas a partir de índices de pobreza, exclusão social e semiaridez. Durante sua atuação, o programa beneficiou 782 comunidades rurais, quilombolas, ribeirinhas, fundo e fecho de pasto e comunidades indígenas.

jornalgrandebahia.com.br

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