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Você que trafega pela Ponte Presidente Dutra, entre Juazeiro da Bahia e Petrolina, Pernambuco já imaginou em que data foi construída e quando foi realizado uma manuntenção? A ponte presidente Dutra completa no próximo mês, 72 anos de inauguração.
A Ponte Presidente Eurico Gaspar Dutra liga os municípios de Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro na Bahia, tem em extensão de 801 metros sobre o Rio São Francisco. Foi a segunda ponte em concreto protendido (concreto com fios ou cabos de aço especiais de protensão) do Brasil. O projeto feito por Eugéne Freyssinet.
O engenheiro Tibério Andrade, professor do departamento de engenharia civil da UFPE e especialista em concreto, explica que, no Brasil, ainda não existe a cultura de se pensar previamente na manutenção de pontes, o que evitaria custos mais altos voltados para obras emergenciais.
De acordo com o professor “o correto seria passar por avaliações periodicamente, já que transita um grande número de carros todos os dias?” De acordo dados o tráfego diário na Ponte Presidente Dutra corresponde a cerca de 35 mil veículos na extensão de 801 metros sobre o Rio São Francisco.
Em 2018 A redação deste Blog leu o trabalho do professor do colegiado Engenharia Civil, Anderson Henrique e David Alan, onde no ano passado, durante um evento no Recife, Conferência Nacional foi tratado uma DESCRIÇÃO QUALITATIVA DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DA PONTE PRESIDENTE DUTRA.
O trabalho mostra que “Todas as estruturas estão sujeitas a diversos níveis de degradação, e necessitam de manutenção e reparos ao longo de sua vida útil. A ponte presidente Dutra, cuja inauguração data de 1951, une os municípios de Juazeiro/BA e Petrolina/PE, apresenta alguns sinais de que necessita passar por uma avaliação de sua estrutura, de forma a serem corrigidas algumas manifestações patológicas desenvolvidas ao longo dos anos de sua construção”.
Na conferência também foi citado que “Recentemente, a Ponte passou por uma expansão, com acréscimo de duas faixas de rodagem. Função de sua idade, a ponte apresenta diversas manifestações patológicas em toda a sua extensão e vão desde a fundação ao tabuleiro (laje).
O objetivo do trabalho consistiu “na apresentação das manifestações patológicas observadas no trecho do rio São Francisco que apresenta a ponte como elemento de transição. Patologias como corrosão e armaduras expostas nas lajes do tabuleiro, ausência de tratamento de juntas nas partes antiga e nova da ponte, carbonatação e degradação no concreto dos elementos de fundação, mostrando a necessidade de manutenção corretiva na estrutura, que apesar de não se encontrar em atmosfera com maior agressividade, se encontra num estado de degradação que reduz sua vida útil”.
A redação deste Blog enviou solicitação ao Dnit – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte, para saber se existe alguma previsão para uma vistoria ou manutenção da Ponte Presidente Dutra nos próximos meses e qual a data e ano da última vistoria. Também via email fizemos contatos com o autor do trabalho para esclarecer outros detalhes sobre o assunto, MAS até o momento não recebeu respostas
redação redegn Foto Ney Vital