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A Associação do Vaqueiro João Batista do Nascimento celebrou no último final de semana (08 e 09 de junho) a 16ª edição da Festa do Vaqueiro, em homenagem àqueles que trabalham incansavelmente nos campos e nas caatingas. Este evento resgata uma tradição que atravessa gerações e fortalece os laços da comunidade local.
Desde sua estreia em 2016, a Festa do Vaqueiro tem sido um momento de união e celebração para os vaqueiros de Riacho Seco. Seu Celso Alves do Nascimento, 70 anos, um dos fundadores da festa, relembra, “a vida toda participei da festa de Curaçá, desde menino… depois um dia nos reunimos aqui, juntamos um grupo de colegas e fundamos a Associação do Vaqueiro… e criamos esta festa”. Seu filho, Laerty Tanurio, hoje um dos organizadores, complementa: “criamos essa iniciativa para poder homenagear esse homem do campo que era um pouco esquecido, mas que a gente com a força e a união e a perseverança tem fortalecido o dia a dia do vaqueiro nordestino.”.
O vaqueiro Paulo Antônio, 58 anos, aprendeu com seu pai a arte da vaquejada, começando aos 17 anos. Hoje, seus filhos o acompanham no trabalho com o gado. ” Eu me sinto alegre em ver ele me apoiando naquela luta que a gente faz. A gente começou e hoje ele me ajuda”, expressa Paulo. Participar da Festa do Vaqueiro é motivo de alegria e orgulho para ele. O adolescente Aleff José Pereira, 12 anos, também compartilha da mesma sinergia de seu Paulo. Ele começou a participar da festa com seu pai. Esta foi sua segunda participação. “Sinto muita felicidade quando estou montando a cavalo. É muito bom”, compartilha, Aleff, com orgulho.
Para a comunidade de Riacho Seco, a Festa do Vaqueiro é mais do que uma celebração. É um evento que impulsiona a economia local. ” Isso tem um significado muito importante, porque além de valorizar a cultura do vaqueiro, aquece e cresce a economia local. O mercado, o dono do bar, o espetinho, o lanche e etc. Todas essas formas é uma economia que cresce nesse sentido de festa.” afirma Tanurio. Com turistas e visitantes chegando para participar das festividades promove o crescimento econômico da região.
Durante os dois dias de evento, a festa oferece uma programação diversificada, incluindo alvorada, desfile dos vaqueiros pelas ruas do distrito, missa, pega de boi e festa com shows de cantores locais. A evolução da festa ao longo dos anos é um testemunho da força da união. “A união faz a força. A gente recentemente, nesse último ano, tem tido o apoio do Governo do Estado da Bahia, a qual a gente quer agradecer. Governo da Bahia, esse governo parceiro, que tem olhado pro vaqueiro, tem olhado pro homem do campo, e isso é muito importante pra todos nós. Parabéns, Governador Jerônimo Rodrigues”, reconhece Tanurio, destacando o papel crucial do governo em apoiar e promover eventos culturais como este.
Durante a festa, é notável o sentimento de pertencimento e orgulho dos/das participantes, que também é compartilhado pelo Padre Valdevan Correia. Durante a missa do vaqueiro, ele ressaltou a importância deste evento para a comunidade. “É com eventos como esse que a cultura do vaqueiro vive no povo de Riacho Seco, no povo de Curaçá”, destacou o padre, parabenizando a organização do evento.
Com cerca de 300 vaqueiros presentes, tanto de Riacho Seco quanto das localidades vizinhas, a 16ª Festa do Vaqueiro de Riacho Seco reafirma seu papel como um símbolo de tradição, união e resiliência, mantendo viva a chama da cultura nordestina.
A festa é uma realização da Associação do Vaqueiro João Batista do Nascimento e da Enredo Produções, contando com o patrocínio do Governo do Estado da Bahia, por meio da Superintendência do Fomento ao Turismo.
Texto e foto: Agência Chocalho