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A Bahia é o terceiro estado do Nordeste com o maior rebanho suíno, contabilizando 989 mil cabeças. Em um esforço para impulsionar ainda mais a produção e garantir a eficiência produtiva, o estado promove ações para os produtores, como capacitações e palestras, que são realizados pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), reforçando a importância do manejo adequado dos suínos para que o rebanho seja melhorado e que facilite a comercialização de carne.
Segundo Greice Povoas de Carvalho, assistente do programa Bahia Produtiva, executado pela CAR, o projeto busca não apenas garantir alimento de qualidade para o consumo local, mas também facilitar a comercialização dos excedentes.
“O Bahia Produtiva promove o fomento para o desenvolvimento de atividades agropastoris que possibilitem o melhoramento da condição de produção de alimentos, respeitando as condições de bem-estar animal, auferindo aos agricultores familiares a possibilidade de terem fácil acesso a alimentos de melhor qualidade para seu consumo, como também de possibilitar a comercialização de seus excedentes no apoio em investimentos para a construção de pocilgas”, afirma.
A zootecnista Luana Figueiredo, que atua com a produção de suínos na região norte do estado, diz que para que os produtores tenham um bom manejo na produção de suínos, é necessário que haja algumas práticas gerais para o manejo diário na atividade do espaço. Luana alerta para que as instalações sejam adequadas e que se faça um controle sanitário com programas de vacinação.
“Para que a produção venha a aumentar, é importante que o produtor tenha um manejo reprodutivo e ambiental adequado, que vem para favorecer a saúde e ganho de peso diário desses animais. Nessa região do estado, as vacinações do plantel dos suínos vêm para prevenir as principais doenças que são mais endêmicas, como a parvovirose, erisipela e leptospirose, vacinando as matrizes após o parto. Além disso, é muito importante ter uma equipe treinada, com os colaboradores envolvidos e cientes das práticas que garantam o bem-estar desses animais”.
Pioneirismo
A região norte da Bahia tem grande destaque na cultura de frutas e rebanho de caprinos e ovinos, mas vêm ganhando espaço para a produção suína. O produtor Isael Amaral, de Casa Nova, região do Vale do São Francisco, criou a granja Suinocultura do Vale há 3 anos, e é pioneira na região em contemplar todos os ciclos necessários para a produção de suínos, desde a inseminação até a terminação.
“O nosso grande desafio foi implantar de forma pioneira, uma criação de suínos aqui no norte baiano, que não é uma atividade economicamente ligada à região. Hoje a gente consegue fazer todo o ciclo completo, desde a inseminação, gestação, maternidade, creche, crescimento e terminação, e essa é uma atividade inovadora aqui no vale do São Francisco. Nossa granja é referência para estudos elaborados tanto pela Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), como também pelo Instituto Federal de Educação e Tecnologia da Bahia (Ifba)”, destaca Isael sobre a implementação suína em uma região semiárida.
Para a criação de suínos na região, é preciso a adaptação de temperatura, com equipamentos e espaços que possibilitem que o animal fique confortável. Luana Figueiredo explica que os suínos são animais homeotérmicos, ou seja, que conseguem manter sua temperatura interna constante. No entanto, a criação é dividida em diferentes fases, a depender da idade do animal.
“Cada fase exige uma temperatura ambiente adequada para os animais. Para os leitões, é recomendada uma temperatura ambiente mais elevada, em torno de 32ºC a 35°C, já os animais de engorda e o plantel reprodutivo, necessitam de uma temperatura ambiente mais amena, entre 18°C e 25°C. Deve-se proporcionar além disso, um ambiente com ventilação adequada, com uma boa circulação do ar, que evita o acúmulo de gases”, explica.
Sob supervisão da editora Cassandra Barteló/Fotos: Adab | Divulgação