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História e experiências de sucesso do Território Sertão do São Francisco são pautadas em intercâmbio com participantes de El Salvador e de três estados do Brasil

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Os temas que evidenciam as potencialidades do Semiárido brasileiro e visitas a locais que são exemplos de sucesso da agricultura familiar do Território de Identidade Sertão do São Francisco estão integrando a programação de um intercâmbio com participantes do exterior, de El Salvador, e de Pernambuco, Piauí e Bahia. Desde a última segunda-feira (21), quando teve início, eles/as estão conhecendo, por exemplo, lugares históricos e iniciativas de: Recaatingamento, Saneamento Rural, banco de sementes crioulas, horta comunitária, produção consorciada em Agrocaatinga, espaços de comercialização e experiências que demonstram os resultados das tecnologias sociais de captação de água da chuva. Entre os locais visitados estão o Instituto Popular Memorial de Canudos (IPMC), em Canudos-BA, e a sede da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), em Uauá-BA.

O intercâmbio faz parte das ações do programa de formação em Agricultura Resiliente ao Clima, do Projeto Daki Semiárido Vivo. A iniciativa está sendo realizada em três regiões semiáridas da América Latina: Corredor Seco Centroamericano, Grande Chaco Americano e o Semiárido brasileiro. Nesta etapa de atividades aqui no Brasil, esse é o segundo intercâmbio. O primeiro foi realizado no Rio Grande do Norte e um terceiro está previsto para o mês de setembro, no estado do Ceará. Em cada lugar, são convidadas representações de entidades e agricultores/as locais.

Uma das diversas visitas aconteceu nesta quarta-feira (23). Um grupo de participantes foi conhecer as experiências da Comunidade Tradicional de Fundo Pasto Cachoeirinha, que fica a, aproximadamente, 60 Km de Juazeiro-BA. O rico momento de troca de saberes teve discussões de temas como a luta pela água para consumo das famílias, produção de alimentos e o meio ambiente, Saneamento Básico Rural e a importância da organização social para a defesa das Comunidades Tradicionais.

A atividade evidenciou a importância da força da coletividade. Desde 1986 que as famílias agricultoras se mobilizam para buscar melhorias através da associação comunitária. Pedro Duarte, Pedrinho como prefere ser chamado, foi o primeiro presidente da entidade e é uma referência da luta e da defesa da Convivência com o Semiárido. Ele apresentou para os/as visitantes como a comunidade evoluiu desde 1949, quando a fonte principal de água era uma cacimba, que continua sendo utilizada atualmente.

Em comparação com o passado, o cenário mudou, hoje a comunidade já usufrui de outras fontes hídricas, como cisternas de consumo e de produção, barragem comunitária, barreiros, poços e uma adutora que está em construção. “Espero que eles levem alguma coisa daqui como experiência, porque mostramos algumas coisas e dizer que, pra mim, é motivo de muito orgulho receber esse grupo aqui. Hoje tá tudo evoluído aqui (…) depois que a gente formou a associação e que a gente acessou as políticas públicas”, enfatiza Pedrinho.

Criador de mais de cem caprinos e ovinos e tendo como destaque o cultivo de limão, o agricultor José Duarte tem a prática de fazer a recarga de uma cisterna calçadão com água de poço. Mas ele ressalta que a captação de água da chuva em todas as cisternas das famílias da comunidade proporcionaram uma mudança de vida. “A cisterna tem muito a ver com a nossa vida nesse lugar, porque se não fosse ela, a gente (…) não sei nem se estaria por aqui, porque não haveria a produção, e essa produção tem dado uma boa sustentação, tem muito feito com que a gente permaneça aqui e que a gente venha a crescer com outros projetos”.

A importância da cisterna também foi enfatizada pela agricultora Maria Conceição. Ela afirma que “[…] melhorou muito a vida da gente, depois da cisterna a gente pegava água lá na cacimba, trazia, carregava na cabeça de lá, nós fomos criados aqui nessas condições. Hoje a gente vive muito bem, cada quem tem sua cisterna em casa, tem cisterna de produção para a gente plantar. Ainda que a gente não venda (os produtos), mas tem para a gente se suprir e viver bem”. Dona Maria destaca a mensagem que gosta sempre de deixar para as visitas. “Sejam resistentes aonde estiverem, numa comunidade! Não se desanimem não com o pouco que tem, porque chega mais, se a gente resistir”.

Outro desafio evidenciado foi a preocupação com a necessidade de continuar garantido novas gerações e de envolver a juventude. Durante a atividade, foram apresentadas informações do mapeamento agroecológico da comunidade, uma ferramenta importante para auxiliar na defesa do território e no registro da memória do lugar. Os conhecimentos partilhados e a sabedoria dos/as agricultores/as de Cachoeirinha foram um destaque para a participante da Associação Comunitária da Escola Família Agrícola Rural de Correntina e Arredores (ACEFARCA), de Correntina-BA, Jandira Neves. “O pessoal está conseguindo colocar em prática muitas tecnologias que são disseminadas no Semiárido. Essas famílias que nos receberam aqui hoje, de fato, elas são exemplos pra nós do meio rural, do campo […] ouvir esse pessoal aqui foi de uma grandeza, uma sabedoria sem tamanho”.

Exemplos de sucesso, como o das famílias agricultoras de Cachoeirinha, demonstram também a importância da parceria, do trabalho em rede das entidades que fazem o trabalho de Assessoria Técnica e Extensão Rural (Ater) junto às famílias agricultoras. “Nas comunidades têm experiências que já são vivenciadas há muito tempo. Mas, as organizações fortalecem para que essas experiências sejam continuadas e, como aconteceu agora, sejam mostradas para outras pessoas, para outras regiões”, pontua a colaboradora do Irpaa, Adriana Nascimento, que acompanhou a visita na comunidade.

A mensagem de força e de resiliência destacada em Cachoeirinha representa muito do que os/as participantes estão vivenciando ao longo desses dias. A integrante da turma que veio de El Salvador, a técnica em Agroecologia, Blanca Maricela Alvarenga, enfatiza que gostou muito “[…] de como as pessoas se organizam no território, do empoderamento que têm em suas comunidades para defender sua cultura e o trabalho que estão realizando. Isso me inspira a levar isso para as minhas comunidades para que as pessoas também se empoderem e comecem a praticar a agroecologia com mais entusiasmo”.

Blanca pontua sobre o desafio das mudanças climáticas e que pretende replicar o que aprendeu no retorno à sua região, da Diocese de Chalatenango, de El Paraíso. “Acredito que é um desafio que levo daqui, aprendizado valioso. Agradeço à Daki por me dar essa oportunidade de estar aqui, de ver todo o trabalho e esforço que estão sendo feitos para resolver os problemas das mudanças climáticas, que são preocupações compartilhadas pela maioria de nós. Devemos começar a trabalhar nisso, conscientizando sobre o trabalho que precisa ser feito”.

Depois da visita, a turma passou no Quiosque da Umbuzada, no Distrito de Massaroca. No final da tarde, os dois grupos se encontraram no Centro de Terapias Naturais Gianni Bande (CETGIB), na cidade de Juazeiro. A outra parte dos/as participantes tinha ido à comunidade Caiçara, no interior do município.

A integrante da equipe do Daki Semiárido Vivo, em Recife-PE, Maitê Queiroz, ressalta a relevância dessa troca de saberes. “A gente está nesse debate das mudanças climáticas. Como falou Zé Coqueiro (participante do intercâmbio), na abertura do nosso evento, os agricultores e agricultoras são resilientes há muito tempo. Então, eles trazem essa sabedoria da Convivência com o Semiárido, que é importante ser replicada, ser sistematizada pro mundo inteiro. O mundo inteiro precisa ouvir e ver essas experiências que funcionam na prática”.

O evento está sendo sediado no Centro de Formação Dom José Rodrigues, do Irpaa, em Juazeiro. A programação com a turma dos estados finaliza neste sábado (26) e as atividades com participantes de El Salvador seguem até a próxima terça-feira, com visitas a locais como o Armazém da Caatinga, Espaço Plural da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e à área experimental da Embrapa Semiárido.

O Daki Semiárido Vivo  é realizado por duas redes de organizações da sociedade civil, a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e a Plataforma Semiáridos da América Latina. As ações contam com o apoio do Fundo Internacional do Desenvolvimento Agrícola (FIDA).

Texto e Fotos: Eixo Educação e Comunicação do Irpaa

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