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Parque Serra da Capivara demite funcionários, e pinturas rupestres ficam ameaçadas na pandemia

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A demissão de funcionários durante a pandemia do novo coronavírus e a escassez de recursos está colocando em risco a conservação dos sítios pré-históricos do Parque Nacional Serra da Capivara, Patrimônio Cultural da Humanidade.

O parque abriga o maior sítio arqueológico do país e possui inscrições rupestres de dez mil anos que estão ameaçadas porque precisam ser conservadas constantemente. Postos justamente das áreas de limpeza e manutenção foram os mais impactados.

A Fumdham (Fundação Museu do Homem Americano) demitiu metade dos funcionários do parque e do Museu da Natureza. Dos 49 funcionários, 25 foram desligados. Antes da pandemia, o espaço já sofria com dificuldades financeiras e com a presença de caçadores ilegais, uma ameaça ao acervo.

O Museu da Natureza, uma estrutura inaugurada há um 1 ano e sete meses no entorno do parque, ficou apenas com 4 dos 14 funcionários. Em meio à crise financeira, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a agendar visita ao local para esta sexta-feira (24), mas desmarcou o compromisso porque apresentou resultado positivo no teste de Covid-19.

Criado em 1979, o parque tem 1.300 sítios arqueológicos catalogados pelo Iphan (Instituto Brasileiro Patrimônio Cultural). A área —de cerca de 130 mil hectares— integra o sudeste do Piauí e ocupa parte dos municípios de São Raimundo Nonato, João Costa, Brejo do Piauí e Coronel José Dias.

As pesquisas da arqueóloga paulista de origem francesa Niède Guidon, 87, a guardiã do parque, mudaram a história da origem do Homo sapiens. A pesquisadora sustenta que o homem chegou ao continente americano há pelo menos 100 mil anos, a partir da África. Até então, acreditava-se que o estreito de Bering, entre a Rússia e os Estados Unidos, havia sido o caminho usado pela espécie para ocupar as Américas.

A Fumdham administra o parque numa co-gestão com o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). No ano passado, o parque recebeu R$ 1,5 milhão do governo federal e, neste ano, tenta recurso de R$ 1,1 milhão para a conservação da área.

“A situação está dificílima, há esforços do ICMBio para a liberação [de recursos], mas o processo está lento. Estamos segurando as pontas, mas temos que preparar o parque e o museu para a reabertura”, disse Elisabeth Medeiros, arqueóloga e conselheira da Fumdham, que há 35 anos trabalha no parque.

Segundo a Fumdham, o parque ganhou duas emendas parlamentares —uma no valor de R$ 700 mil e segunda de R$ 300 mil, ambas aguardam liberação.

“O convênio com o ICMBio também não está mais gerando renda que possibilite nosso trabalho no parque”, disse Niède Guidon, por e-mail.

Niède Guidon (Imagem: Joel Silva/Folhapress)

Guidon deixou de trabalhar em janeiro deste ano devido a problemas de saúde. A pesquisadora nunca se recuperou totalmente dos efeitos da zika e da chikungunya, doenças que a atingiram em 2016, além da artrose. Desde então, diz ela, sente muitas dores e dificuldades para se locomover.

Sem recursos disponíveis, a manutenção dos sítios arqueológicos está comprometida. O ICMBio e o Ministério do Meio Ambiente foram questionados pela reportagem sobre a crise que atinge o parque, mas não se manifestaram.

Preocupa a interrupção da limpeza dos painéis de pintura; a manutenção das trilhas e das passarelas; as podas de árvores, que impedem o avanço dos galhos até as inscrições; e a vedação de infiltrações, para não danificar os paredões, que funcionam como “telas” que guardam os registros milenares.

Só os serviços essencias, como a vigilância, a prevenção e o combate a incêndios, foram mantidos na pandemia. Nos cálculos de Marrian Rodrigues, a chefe do parque, cerca de 92 funcionários —entre brigadistas (24), porteiros-vigias (64) e administrativo (4) —, continuam na ativa.

Rodrigues reforça que a redução da força de trabalho no setor de conservação é o que mais preocupa. “É um patrimônio não renovável e um serviço que precisa ser cotidiano devido à ação da natureza. As consequências serão a longo prazo”, disse.

Com três anos de trabalhos prestados à conservação dos sítios de Serra da Capivara, Willian Lima de Miranda Silva, 28, diz que a falta de manutenção trará sérios riscos às pinturas.

“A manutenção precisa ser permanente se não há degradação. Nos sítios, os marimbondos fazem ‘casas’ sobre as pinturas. A tem muitos mocós [roedores] e suas fezes e urina, ácidas, conseguem apagar as pinturas. Se os sítios não forem limpos e conservados ficarão irreconhecíveis e sem condições de reparos”, conta Silva, que deixou o posto há um mês.

Silva disse que em um mês de trabalho conseguia cuidar de 20 sítios arqueológicos do local.

O instrutor Fernando Pereira, 30, também perdeu o emprego no Museu da Natureza. Ele trabalhava na sala do voo livre, onde o turista simulava um passeio aéreo pelo relevo do parque. “É um momento de muita tristeza. A humanidade está pagando o preço na pandemia por desrespeitar a natureza, e o museu já fazia esse alerta. São dias difíceis para todos”.

Em 2019, a Serra da Capivara recebeu pouco mais de 30 mil visitantes, um recorde dos últimos 20 anos. O Museu da Natureza atraiu outros 60 mil turistas. A Fumdham e o ICMbio preparam protocolo para a retomada das atividades em setembro, mas a própria fundação adverte: novas recontratações só serão feitas se houver recursos para quitar os salários.

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